Diabetes Tipo 2

O que é diabetes?

Quantas vezes você já ouviu falar que o açúcar em excesso faz mal para a saúde? Apesar de essa ser uma informação já conhecida por muitas pessoas, o conhecimento sobre o que é o diabetes de fato ainda é escasso.

Nesse artigo você encontra informações confiáveis sobre o que é o diabetes e ainda entende quais são os tipos dessa doença que pode comprometer a saúde.

Para que funcionem adequadamente, as células do corpo precisam de um combustível, que é, justamente, a glicose. Porém, para que a glicose penetre nas células, é necessário um hormônio chamado insulina.

Mas quando há glicose em excesso ou falta de insulina, podem surgir problemas.

Em geral, o diabetes é uma doença metabólica que se caracteriza pelo aumento do nível de glicose no sangue, a famosa hiperglicemia.

Existem três tipos principais de diabetes:

1. Diabetes mellitus tipo I

Também conhecido como infanto juvenil ou imunomediado. Nesse tipo de diabetes, a produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune.

Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem as taxas de glicose no sangue em valores normais. Se as doses de insulina não forem dadas diariamente, um risco maior para a saúde pode ser gerado.

Embora possa acontecer em qualquer idade, o diabetes tipo 1 é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens.

2. Diabetes mellitus tipo II

Cerca de 90% dos casos de diabetes são do tipo II. Essa doença ocorre, geralmente, em pessoas com obesidade e/ou com mais de 40 anos de idade.

Apesar disso, por conta de maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse, o diabetes tipo II tem sido cada vez mais frequente em pessoas mais jovens.

Nesse tipo de diabetes, o organismo produz insulina, mas sua ação é dificultada, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de hiperglicemia.

Por ser pouco sintomático, na maioria das vezes o diabetes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento, o que favorece a ocorrência das suas complicações.

3. Diabetes gestacional

A presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez é denominada de diabetes gestacional. Apesar do susto, geralmente, a glicose no sangue se normaliza após o parto.

No entanto, as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo II ao longo da vida e o mesmo acontece com seus filhos.

Apesar de não apresentar sintomas muito evidentes, o diabetes pode causar muitos problemas para a sua saúde, principalmente a longo prazo. Consulte um médico com frequência e siga o tratamento indicado por ele corretamente.

Além disso, uma vida mais saudável, com uma alimentação balanceada e atividade física regular pode trazer mais bem-estar e ainda contribuir com o tratamento e prevenção do diabetes.

E lembre-se que o Programa Abraçar a Vida estará sempre ao seu lado trazendo mais informações, dicas e conteúdos importantes e confiáveis para a sua saúde.

medindo glicemia

Quais são os sintomas do diabetes?

O diabetes pode ser um inimigo silencioso da sua saúde. Isso porque é pouco sintomático, ou seja, os sintomas do diabetes demoram a aparecer ou são pouco perceptíveis por quem tem a doença.

O diagnóstico precoce é muito importante para iniciar o tratamento o quanto antes e evitar as possíveis complicações.

Por isso, além de manter consultas de rotina para monitorar os níveis de glicose no sangue, também vale a pena ficar atento aos possíveis sintomas do diabetes.

Quando presentes, os sintomas mais comuns do diabetes são: cansaço, sede excessiva, vista embaçada ou turva, aumento do apetite, urinar excessivamente – inclusive durante a noite, perda de peso nos quadros mais graves – mesmo quando a pessoa come de maneira excessiva, infecções frequentes – sendo as infecções de pele as mais comuns.

Como falamos no início do texto, nos casos de diabetes tipo II, esses sintomas, quando presentes, se instalam de maneira gradativa e muitas vezes podem não ser percebidos. Já no caso do diabetes tipo I, os sintomas se instalam rapidamente, especialmente a necessidade de urinar de maneira excessiva, a sede intensa e o emagrecimento.

Apesar de não apresentar sintomas muito evidentes, o diabetes de qualquer tipo pode causar muitos problemas para a sua saúde, principalmente a longo prazo.

Seja qual for o sintoma, ou mesmo quando não há nenhum sintoma, é importante ficar atento e procurar um médico o mais rápido possível para que ele possa realizar o diagnóstico corretamente e indicar o melhor tratamento para o seu caso.

Cuide da sua saúde e tenha mais bem-estar e qualidade de vida no seu dia a dia. Conte com o Programa Abraçar a Vida para que essa caminhada seja mais leve e tranquila.

Quem pode ter diabetes? Conheça os fatores de risco!

Hoje, no Brasil, há mais de 15 milhões de adultos vivendo com diabetes, o que representa 10,5% dessa população.

Será que você corre o risco de ter diabetes? Alguns fatores de risco indicam se você tem mais chance de desenvolver essa doença. Nesse texto vamos mostrar quem está mais propenso a ter diabetes para minimizar o risco ou ficar atento e procurar um médico para manter seus níveis de glicose sempre monitorados e sob controle.

A presença de uma ou mais das seguintes condições são fatores de risco para a presença de diabetes:

Familiares próximos com diabetes

Familiares próximos com diabetes

Idade acima de 45 anos

Idade acima de 45 anos

Pessoas em sobrepeso ou com obesidade

Excesso de peso ou obesidade

Pressão alta

Pressão alta

Colesterol elevado

Colesterol elevado

Gestação ou logo após o parto

Mulheres que tiveram filhos nascidos com mais de 4Kg ou que tiveram diabetes gestacional

Cerca de 90% dos portadores de diabetes têm o tipo II da doença, que é pouco sintomático e pode passar despercebido por muito tempo.

Isso, muitas vezes, retarda o diagnóstico e o tratamento, aumentando o risco da ocorrência de complicações. Você pode ser um dos muitos brasileiros que têm diabetes e não sabem.

Como diagnosticar diabetes?

O diagnóstico de diabetes é, geralmente, simples. Procure um médico ou uma unidade de saúde próxima a sua casa para a medir a glicose no sangue (glicemia) e, caso necessário, fazer exames complementares para saber se você é portador de diabetes.

Se você apresenta um ou mais dos fatores de risco citados acima, consulte o seu médico e faça os exames indicados por ele com a frequência recomendada, lembre-se de manter um estilo de vida mais saudável sempre e conte com o Abraçar a Vida para apoiar a sua jornada.

Tipos de diabetes: conheça melhor alguns deles

O diabetes é uma doença que atinge mais de 530 milhões de pessoas no mundo e é provável que esse número aumente em mais de 100 milhões até 2030. Os números só crescem, o que indica a necessidade de prevenir, de acompanhar e de entender melhor o que é diabetes e as diferentes formas em que a doença se apresenta.

Caso você não seja muito familiarizado com o diabetes, trata-se de uma doença metabólica em que ocorre um defeito da ação ou da produção da insulina no organismo e aumenta a quantidade de glicose no sangue (chamada hiperglicemia), com exceção de um dos tipos, chamado diabetes insipidus.

Seu organismo precisa de glicose para gerar energia e conseguir fazer as atividades cotidianas. Para que a glicose consiga entrar nas células e se transformar em combustível, é preciso a ajuda da insulina, portanto sem a ação desse hormônio não há o funcionamento correto do organismo!

Existem vários tipos de diabetes, entre os mais comuns, estão o diabetes mellitus tipo 1, diabetes mellitus tipo 2, diabetes gestacional e diabetes insipidus.

Vamos entender um pouco mais sobre cada um deles?

Diabetes mellitus tipo 1 (ou DM1)

O diabetes tipo 1 é definido como insulinopênico, é a deficiência de insulina no corpo. As células sofrem uma espécie de destruição autoimune e, para manter o equilíbrio do metabolismo, os portadores desse tipo de diabetes precisam de injeções diárias de insulina.

Tudo isso para que as taxas de glicose se mantenham estáveis. Embora ocorra em apenas 5 a 10% de todos os casos de pessoas com diabetes, normalmente é identificado em crianças, jovens e adultos jovens.

Diabetes mellitus tipo 2 (ou DM2)

Esse tipo de diabetes acontece devido a resistência à insulina e é o mais frequente.

Um dos maiores vilões desse tipo de diabetes é a obesidade (ou sobrepeso) e, embora seja diagnosticado, normalmente, em pessoas com mais de 40 anos, esse fator de risco pode levar a pessoas de qualquer idade a contraí-lo, desde adolescentes até idosos.

Por isso, o acompanhamento regular das suas taxas de glicose é imprescindível.

mao e medição glicemia

Diabetes gestacional

O diabetes gestacional nada mais é do que alterações na concentração de glicose que aparecem durante a gestação. Esse tipo, se não controlado, pode ser muito prejudicial ao bebê.

É importante salientar que, para ser considerado diabetes gestacional, a paciente tem que ser diagnosticada no pré-natal ou no início gestacional, sem um histórico da doença.

Outro ponto muito importante é que, nesse tipo de diabetes, a paciente deve ser avaliada novamente de quatro a seis semanas após o parto.

Na grande maioria a taxa de glicose volta ao normal, mas é importante salientar que ter apresentado diabetes gestacional é fator de risco para DM2 (Diabetes mellitus tipo 2).

Diabetes insipidus (ou insípida)

Esse tipo de diabetes é bastante raro e é caracterizado pela incapacidade do rim de concentrar a urina - esse distúrbio acaba causando uma sede intensa e o aumento da quantidade da urina.

Essa doença renal é mais comum na infância e no início da fase adulta, acontece igualmente em ambos os sexos e pode causar danos ao sistema nervoso central, entre outros.

Apesar de se chamar "diabetes", o diabetes insupidus não tem nenhuma relação com o diabetes mellitus e nem com a glicose no sangue.

Agora que você já sabe como o diabetes pode se manifestar de diferentes formas, lembre-se sempre que manter estilo de vida saudável e o acompanhamento regular de sua glicose são muito importantes, e que você precisa estar atento aos sintomas e possíveis alterações do seu organismo.

O tratamento do DM2 além do medicamento

Ser diagnosticado com diabetes não é nada fácil e significa que você terá que fazer algumas mudanças no seu dia a dia. Isso porque o tratamento para diabetes vai muito além das medicações e depende muito dos seus hábitos de vida.

Vamos falar mais sobre esse assunto e contar como você pode tomar a frente e cuidar da sua saúde!

Para o tratamento do diabetes, é preciso manter uma vida saudável e o controle da glicemia sempre em dia, a fim de evitar possíveis complicações da doença. Os principais cuidados para tratar o diabetes incluem:

pessoas se exercitando

Exercícios físicos

A atividade física é essencial no tratamento do diabetes para manter os níveis de açúcar no sangue controlados e afastar os riscos de ganho de peso. A prática de exercícios deve ser realizada de três a cinco vezes na semana. É importante que você combine com seu médico quais são as melhores opções.

Controle da dieta:

Pessoas com diabetes devem cuidar muito da alimentação, reduzindo os açúcares simples presentes nos doces e carboidratos simples como massas e pães, pois eles possuem um índice glicêmico muito alto.

Os carboidratos devem constituir de 50 a 60% das calorias totais ingeridas pela pessoa com diabetes, preferindo-se os carboidratos complexos (castanhas, nozes, grãos integrais) que serão absorvidos mais lentamente. Consulte seu médico e nutricionista para mais informações.

Verificar a glicemia:

No diabetes mellitus tipo I e tipo II é importante verificar sua glicemia com frequência. Para fazer essa medida, pode ser necessário ter um glicosímetro, dispositivo capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue.

O médico e o restante da equipe de saúde podem ajudar a definir um cronograma de testes para serem feitos e a definir as metas relativas às taxas de glicose. Além disso, os resultados dos testes são importantes para alterar as refeições, suas atividades ou os medicamentos e, assim, manter os níveis de glicose normalizados.

Esse procedimento pode ajudar a identificar as altas e as baixas taxas de glicose no sangue antes que elas causem problemas, ajudando a reduzir o risco de complicações.

paciente diabética

Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas:

O consumo de álcool não é proibido na maioria das vezes, mas deve ser moderado e sempre acompanhado de um alimento, pois o consumo isolado pode causar hipoglicemia.

É importante fazer o monitoramento de glicemia antes e depois de consumir bebidas alcoólicas.

Cuidado com cervejas e bebidas doces ou à base de carboidratos. Elas têm alto índice glicêmico e podem aumentar a glicemia. Sempre consulte seu médico e nutricionista para ter as orientações corretas para o seu caso.

Controle o estresse:

Pessoas com diabetes têm maiores chances de ter ansiedade e depressão. Os pacientes podem sentir uma sensação de ansiedade em relação ao controle da glicemia, tomada da medicação, dieta e controle do peso. Procure sua equipe de saúde e converse sobre o que sente para que eles possam te indicar o tratamento adequado.

Tabagismo:

O diabetes combinado com o hábito de fumar multiplica, em até cinco vezes, o risco de algumas complicações. Portanto, é um hábito que deve ser evitado.

Cuide da saúde bucal:

A higiene bucal após cada refeição também é fundamental para quem tem diabetes. Isso porque o sangue dos portadores de diabetes, com alta concentração de glicose, é mais propício à proliferação de bactérias. Realizar uma boa escovação e ir ao dentista periodicamente é de extrema importância.

Agora que você já sabe como pode contribuir com o seu tratamento, que tal dar o primeiro passo e começar a realizar pequenas mudanças no seu dia a dia? O Programa Abraçar a Vida estará ao seu lado para apoiar nessa jornada.

Referências
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